Num relatório sobre o Reino Unido e a Irlanda do Norte, o Comité da ONU para os Direitos das Pessoas com Deficiência refere a (falta de informação sobre políticas, medidas e programas) para (proteger as pessoas com deficiência de um impacto negativo após a ativação do artigo 50.º) do Tratado de Lisboa, que desencadeou o processo de saída da UE.
O Comité pede por isso ao Governo britânico que (previna qualquer consequência negativa [...] em consulta estreita com as organizações) especializadas.
Stig Langvad, perito da ONU, advertiu em conferência de imprensa que (se o Reino Unido sai [da UE] sem manter a proteção das pessoas com deficiência, a situação será muito incerta).
A questão (deve ser incluída) nas discussões com a UE, defendeu.
A situação é tanto mais preocupante quanto a proteção aos deficientes está a retroceder no Reino Unido.
No último ano, precisou Langvad, foi reduzido o financiamento para apoio a uma vida independente, as opções para essa independência foram reduzidas e o direito a decidir (onde, como e com quem viver) foi ainda mais limitado.
Outro perito da ONU, Damjan Tatic, apontou na mesma conferência de imprensa que aqueles apoios foram transferidos para as autoridades locais e o montante global reduzido 31%, cerca de 4,9 milhões de euros.
Fonte: Diário de Noticias