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Saúde

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23 de Junho de 2025

Estoque em alerta: menos de 2% da população doa sangue e hospitais enfrentam riscos silenciosos

Imagine ter uma cirurgia urgente ou um tratamento adiado por falta de sangue disponível. Embora pareça um cenário extremo, ele é mais comum do que se pensa e acontece em diversos hospitais do país.

Neste Junho Vermelho, mês dedicado à conscientização sobre a doação de sangue, o Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, no Rio de Janeiro, lança um alerta: o estoque de sangue é um recurso vital que depende, exclusivamente, da solidariedade da população.

“Em muitos momentos, trabalhamos no limite. A transfusão sanguínea é parte essencial de diversos procedimentos e tratamentos, mas não pode ser fabricada em laboratório. O sangue só vem de doadores”, explica a médica Maria Cristina Pessoa dos Santos, responsável pela Agência Transfusional da unidade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1% a 3% da população de um país deveria doar sangue anualmente para atender à demanda mínima dos sistemas de saúde. No Brasil, esse índice ainda está abaixo do ideal, especialmente em períodos críticos como feriados prolongados ou datas festivas, quando o número de doações costuma cair drasticamente.

Doação regular é o que salva vidas

Em um país com 10 milhões de habitantes, por exemplo, seria necessário que pelo menos 100 mil pessoas doassem sangue ao longo do ano para manter os estoques em níveis seguros.

Quando isso não acontece, vidas podem ser colocadas em risco, desde recém-nascidos internados até pacientes com câncer, vítimas de acidentes graves ou mulheres em situação de parto de risco.

“A cada doação, conseguimos separar diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma) que são utilizados em diferentes pacientes, com necessidades específicas. Uma única bolsa pode beneficiar até quatro pessoas. Ou seja, o impacto é real, imediato e transformador”, ressalta Maria Cristina.

Mais que um ato de solidariedade, um compromisso com a vida

A médica destaca, ainda, que a doação de sangue não leva mais que 40 minutos e é um procedimento seguro, que não traz riscos à saúde do doador. Ainda assim, mitos e desinformação afastam possíveis voluntários. “Muita gente ainda acredita que doar sangue enfraquece, ou que precisa estar em jejum. Outros pensam que é necessário conhecer alguém que esteja precisando para doar. Isso não é verdade. A doação deve ser feita de forma voluntária e regular para que o sistema funcione preventivamente, e não de forma emergencial”, explica.

Segundo ela, a cultura da doação espontânea ainda precisa ser fortalecida no Brasil. “É preciso entender que doar sangue é tão importante quanto votar, se vacinar ou separar o lixo reciclável. É um gesto cívico e social que pode fazer diferença direta na vida de alguém”.

Quem pode doar?

Para ser um doador de sangue, é necessário:

- Estar em boas condições de saúde;
- Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 precisam de autorização dos responsáveis);
- Pesar acima de 50 kg;
- Estar alimentado e evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação;
- Apresentar um documento oficial com foto.

Pessoas com gripe, febre, gestantes ou em uso de determinados medicamentos devem aguardar antes de doar. Em caso de dúvida, é sempre recomendável procurar um hemocentro para obter informações seguras.

Faça parte dessa rede de cuidado

O Mariska Ribeiro reforça o compromisso com a vida e convida a população a aderir à campanha de doação de sangue não apenas neste mês, mas ao longo de todo o ano.

“Você não precisa ser famoso, nem um super-herói, para salvar vidas. Basta doar. É simples, rápido e tem um impacto incalculável. Precisamos de mais gente comprometida com o bem coletivo”, conclui Maria Cristina.

Onde doar?

Procure o hemocentro mais próximo da sua residência ou verifique com as unidades de saúde da sua cidade sobre postos de coleta. No Rio de Janeiro, o Hemorio, que coordena a rede de hospitais públicos do Estado, recebe doações todos os dias, incluindo feriados, das 7h às 18h. Mais informações podem ser acessadas pelo canal Disque Sangue: 21 3916-8310.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

Hospital da Mulher Mariska Ribeiro Saúde

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