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13 de Outubro de 2025
Foto: Freepik
Quando se fala em fisioterapia, a maioria das pessoas associa o tratamento às clínicas e aos ambulatórios, geralmente no processo de reabilitação de lesões. No entanto, dentro das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a atuação do fisioterapeuta se torna um dos pilares do cuidado multiprofissional, com impacto direto na sobrevida, no tempo de internação e na qualidade da recuperação dos pacientes.
No Hospital Municipal Evandro Freire, gerenciado pelo CEJAM, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o coordenador de fisioterapia Renato Tavares Alves explica que a função do fisioterapeuta na UTI vai muito além da reabilitação.
“Na terapia intensiva, atuamos desde a prevenção das complicações causadas pelo imobilismo até o suporte direto em ventilação mecânica. Isso significa ajudar o paciente a recuperar funções respiratórias e musculares, mas também reduzir riscos de pneumonia, trombose, perda de força muscular e até delírio durante o período de internação”, afirma.
Mobilização precoce: o movimento como remédio
Entre as práticas mais relevantes da fisioterapia intensiva está a chamada mobilização precoce, que consiste em estimular os pacientes a realizar exercícios, mesmo leves, logo nos primeiros dias de internação.
“A nossa meta é que, em até cinco dias, os pacientes aptos estejam sentados, em pé ou até mesmo andando. Essa iniciativa reduz complicações, encurta o tempo de internação e garante que a reabilitação após a alta seja mais rápida e eficaz”, detalha Renato.
Aliado fundamental no suporte ventilatório
Nos casos mais graves, quando há necessidade de ventilação mecânica, o fisioterapeuta trabalha em conjunto com os médicos na definição e no ajuste dos parâmetros do ventilador, garantindo que a oxigenação seja eficiente sem causar novos danos.
“Apesar de ser um recurso vital, a ventilação mecânica é um processo antifisiológico. Cabe a nós reduzir esses efeitos, conduzir testes de retirada do ventilador e preparar o paciente para respirar novamente de forma independente”, explica o especialista.
Impacto direto na saúde pública
A presença do fisioterapeuta na UTI também contribui para a otimização de recursos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Renato, a atuação contínua ajuda a evitar procedimentos de alta complexidade, reduz o tempo de internação e, consequentemente, libera leitos mais rapidamente para novos casos agudos.
“Um paciente imobilizado corre riscos de complicações que exigem medicamentos caros, oxigênio prolongado e internações mais longas. Com a fisioterapia atuando 24 horas, conseguimos prevenir esses quadros e oferecer um cuidado mais humano, eficiente e sustentável para o sistema de saúde”, reforça.
Tecnologia e conhecimento caminhando juntos
Com os avanços tecnológicos, a fisioterapia intensiva também ganhou novos aliados, como ventiladores mecânicos modernos, equipamentos de mobilização e até recursos de inteligência artificial.
Mas, para o coordenador, nada substitui a expertise humana: “A tecnologia é um suporte importante, mas só gera impacto real quando associada a protocolos bem estruturados e a profissionais preparados. No SUS, muitas vezes usamos até recursos simples, como elásticos e caneleiras, mas o que realmente faz a diferença é a aplicação correta da técnica e a visão integrada do cuidado”, finaliza Renato.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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