Menos de duas semanas depois do fim dos Jogos Paralímpicos do Rio, já se pode perceber um dos maiores legados do evento.
O que a Letícia e o Pedro Henrique têm em comum? O esporte.
(É mais do que um hobby. Para mim, e uma profissão. É o meu amor), diz Pedro Henrique Vieira, jogador de basquete em cadeira de rodas.
Ele teve malformação congênita nos pés quando nasceu. Ela, Síndrome de Down. Os dois conheceram suas modalidades numa ONG de São Paulo.
A Associação Desportiva para Deficientes atende mais de 200 crianças e jovens há 20 anos. E esse número vem aumentando nos últimos dias.
Por causa da Paralimpíada, a associação viu disparar a procura pelo esporte adaptado. Antes dos jogos, eles recebiam em média cinco pedidos de inscrição por mês. Nas últimas duas semanas foram 53 interessados.
Marcos, de 13 anos, acabou de chegar. Escolheu a bocha, por enquanto.
(Eu também já tenho bastante prática na cadeira de rodas, então, acho que não vai ter problema para fazer o basquete), afirma Marcos Vinícius Copini, de 13 anos.
A ONG atende de graça e se mantém com parcerias e doações. A presidente diz que ficou surpresa com a grande procura de pessoas acima dos 30 anos de idade.
(Não sabiam de todas essas possibilidades que o esporte trazia. Algumas que tomaram contato pela primeira vez pela televisão e pessoas que estavam em suas casas e que estão há bastante tempo com deficiência), explica Eliana Miada.
Daniel Dias, o maior nadador paralímpico do mundo, começou a nadar na associação.
Rodrigo de Carvalho é um dos veteranos do time de basquete. Disputou os Jogos Paralímpicos. E o conselho dele para quem tem uma deficiência:
(Procurar o esporte o mais rápido possível. Se, de repente, não acertar de primeira, tentar outras coisas que uma hora vai dar certo e vai mudar de vida totalmente).
Fonte: G1.com